sexta-feira, 6 de dezembro de 2013
Déchiffrer le corps de Jean-Jacques Courtine pela Vozes (a versão brasileira)
Chega, nas livrarias brasileiras, a tradução do livro Déchiffrer le corpos: Penser avec Foucault (Decifrar o corpo: pensar com Foucault) de Jean-Jacques Courtine, pesquisador francês que atuou no CNRS na França nos anos de 1970 ao lado de Michel Pêcheux, expoente máximo da Escola Francesa de Análise do Discurso, muito difundida no Brasil.O livro trata do corpo sob uma pespequitiva foucaultiana em que o corpo é tomado como objeto de pesquisas epistemológicas de uma certa tradição francesa. Courtine também é organizador de importantes coletâneas cuja temática é sempre o corpo como a Histório do Corpo e História da Virilidade: Jean-Jacques Courtine tem atuado em diversas universidades mundo a fora, a exemplo dos Estados Unidos, onde é professor emérito na Universidade de Santa Bárbara (Califórnia); da França, na universidade Paris III, da Nova Zelândia,na University of Auckland, dentre outras. Esteves diversas vezes presente no Brasil, participado de eventos de Análise do Discurso. A edição brasileira de Decifrar o corpo: pensar com Foucault, publicada pela editora Vozes, foi traduzida por Francisco Morás(2013). "Este livro percorre livremente, entre a Idade Clássica e a contemporânea". Para o autor, "a decifração do corpo" parece constituir a preocupação central na genealogia de Foucault, a "fornece seu eixo, e seu sentido, a este trabalho: discernir a impregnação profunda da história sobre o corpo, antes que ela mesma não apague" (p.9). O capítulo I resulta de uma série de entrevistas que o autor concedeu a vários pesquisadores brasileiros entre 2005 e 2009, dos quais destacamos Cleudemar Alves Fernandes(Ladif/UFU), Nilton Milanez (Labedisco/UESB), Carlos Piovesani e Vanice Sargentini (UFSCar). Nestas entrevistas Courtine fala de percurso acerca da intericonicidade, que o autor concebe como rede de imagens que os indivíduos traz em sua memória. Esta rede é resultante do contato do ser humano com uma cultura imagética ou visual que pode ser explorada pelas ciências humanas, sobretudo, pela antropologia, sociologia e pela história.
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